“Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se, absolutamente, os mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles?” 1Co 15.29
Segundo a National Geographic, a origem do dia de finados em 02 de novembro, dedicado a homenagear os mortos, guarda relações com uma antiga celebração pagã a mais de 2 mil anos e que era realizada pelos povos celtas na Europa, incorporada pela Igreja Católica em 998 d.C. pelo abade francês Odilo de Cluny (994-1048).
Nós cristãos não celebramos este dia e no tempo de Paulo houve alguns problemas na igreja de Corinto quanto aos que se batizavam por causa dos mortos. Mas o que Paulo queria dizer com isso? O que a Bíblia nos ensina sobre este tema?
Hernandes Dias Lopes nos diz que: “Paulo não defende o batismo a favor dos mortos. Havia uma prática herética entre os coríntios de se batizarem a favor de pessoas que já haviam morrido, para que essas pessoas fossem salvas. Paulo cita essa prática herética deles para ressaltar que ela não teria sentido se não houvesse ressurreição. Paulo pergunta: Se vocês não crêem na ressurreição dos mortos, por que adotam essa teologia do batismo pelos mortos? Paulo não está aprovando a prática do batismo pelos mortos, ele apenas a cita para reafirmar sua tese. A prática do batismo pelos mortos era herética por três razoes: 1) Porque a salvação é uma questão pessoal; 2) Porque o tempo para se receber a salvação é nesta vida e não na vida além-túmulo; 3) Porque o batismo não é uma condição absoluta para a salvação”.
Neste sentido, batismo pelos mortos, ou missa rezada a favor de pessoas que já morreram não tem nenhum efeito. Não se pode mudar o destino de uma pessoa que já morreu (Hb 9.27). A decisão por Cristo deve acontecer antes da morte, pois é a fé no sacrifício de Cristo, na pessoa dele que nos garante a salvação.
Se nossos entes queridos morreram em Cristo, louvado seja Deus (1Ts 4.13-18), já estão com o Senhor. E um dia nos reuniremos com eles, pela morte ou pela glorificação do grande Dia do Senhor.