
“Filhinhos, eu vos escrevi, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe desde o princípio.” 1Jo 2.14
No 2º domingo de agosto comemora-se o Dia dos pais em todo nosso país. Um dia em que um misto de emoções acontece. O filho que nutre um bom relacionamento com seu pai, sentará com ele à mesa para um almoço gostoso. Aquele que não tem este relacionamento será indiferente com este momento. Aquele que não tem mais seu pai querido sentirá saudades por causa da ausência. Aquele que sofreu na presença de seu pai, se alegrará com sua ausência. Apesar de todas estas situações diferentes em cada família, a figura original do pai foi Deus.
Deus é descrito como Pai em vários textos (Is 9.6; 63.16; 64.8; Jr 3.4; Ml 2.10; Mt 5.16, 45, 48, etc.). Na natureza, a gestação é atribuída à mãe, ao sexo feminino, mas no espiritual, no divino, o Pai é o gerador. É do Pai, de Deus, que vem todas as coisas.
João não está pensando em faixa etária quando escreve filhinhos, pais e jovens (1Jo 2.12-14), mas em todos os crentes e seus estágios da vida cristã. Os filhos devem conhecer o Pai, Deus, mas os pais devem conhecer aquele que existe desde o princípio, o Filho de Deus.
Neste sentido, W. Hendriksen diz: “O termo pai implica a existência de filhos; com respeito a Deus, essa paternidade inclui tanto o Filho de Deus como os filhos que foram adotados por meio dele. Temos pais naturais, mas a paternidade terrena é apenas um pálido reflexo da paternidade de Deus. Ainda assim, João apela para os pais, pois adquiriram conhecimento espiritual de Jesus Cristo e sobre ele. Ao longo do tempo, eles “[vieram a conhecê-lo] desde o princípio”. Eles têm um conhecimento íntimo da revelação de Deus em Jesus Cristo (1.1; Jo 1.1). A comunidade cristã, portanto, deve cuidar dos seus filhos espirituais. Ela é responsável por passar a tocha da luz do evangelho para a geração seguinte, a saber, os jovens da igreja”.
Pai, você deve conhecer mais de Deus para que seus filhos também cresçam neste conhecimento. O pai cristão deve ter intimidade profunda com o Pai celestial para que os filhos sejam futuros pais que amem o Deus Pai.