
“Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te agora, sai desta terra e volta para a terra de tua parentela.” Gn 31.13
Nesta segunda reflexão deste mês de aniversário, gostaria de pensar com você sobre o Deus de Betel.
Betel é Casa de Deus, mas infelizmente é possível que a Casa de Deus não tenha o próprio Deus nela. Assim como várias casas na Bíblia deixaram de ter o que seu nome mencionava, assim a Casa de Deus, Betel, também pode não ter o próprio Deus. Belém é casa do pão (Beyth + lechem), mas faltou pão no tempo de Elimeleque (Rt 1.1). Betesda é casa da misericórdia (Beyth + checed), mas faltou misericórdia para o paralítico naquele tanque (Jo 5.5,7). Betsaida é casa de peixe (Beith + tsayad), mas faltou peixe para a multidão que seguia Jesus (Lc 9.10-12).
Deus precisa ser o Deus da nossa igreja, da Betel. Por muitos séculos o povo de Israel levantou outros deuses na casa de Deus, no lugar de adoração a Deus, na terra de Deus e isso lhe foi um insulto. Deus não admite ser trocado por outros deuses ou dividir seu lugar com outros deuses. João Calvino diz que nosso coração é uma fábrica de ídolos e precisamos nos atentar e destruí-los, todas as vezes que estes deuses querem dividir ou tomar o lugar de Deus na sua própria casa.
A casa de Deus é lugar de memorial “ungiste uma coluna”. A casa de Deus é lugar de voto “fizeste um voto”. A casa de Deus é lugar de promessas, mas também de responsabilidades, compromissos e arrependimentos “levanta-te agora, sai... e volta”.
Jacó ouviu a voz de Deus e obedecendo voltou à sua parentela. E é neste retorno que ele tem um encontro com Deus que mudou sua vida e seu nome (Gn 32.22-32).
Se Betel é a casa de Deus, Ele é o Senhor desta casa e nós somos seus servos. Cumpriremos nossos votos feitos a Ele e obedeceremos sua voz.
Nosso Deus é o Deus de Betel, lugar onde nos encontramos com Deus, onde nos comprometemos com Deus, onde ouvimos a voz de Deus, onde obedecemos a Deus.